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Susceptibilidade de aspergillus flavus aos antifúgicos triazólicos (2020)

  • Authors:
  • USP affiliated author: HIRAI, JÉSSICA CAROLINE DE SALES - FCF
  • School: FCF
  • Subjects: ASPERGILLUS; ANTIFÚNGICOS
  • Language: Português
  • Abstract: INTRODUÇÃO: Aspergillus spp. são fungos filamentosos naturalmente presentes no ar atmosférico, ambiente aquoso e terrestre, em alimentos, e poeira. Em pacientes imunocomprometidos, espécies como A. fumigatus, A. flavus e A. niger são capazes de causar doenças respiratórias como a aspergilose pulmonar invasiva, com alta taxa de mortalidade entre os acometidos. O tratamento e profilaxia se baseiam em triazóis, equinocandinas e polienos. Em pacientes em tratamento crônico com medicamentos triazólicos, o aparecimento de resistência à terapia já é conhecido e bem documentado, entretanto, a ocorrência de cepas resistentes em pacientes com aspergilose primária sugere uma nova rota de resistência, com provável origem ambiental e adquirida pelo contato com moléculas triazólicas empregadas na agricultura como tebuconazol, epoxiconazol e protioconazol. No Brasil, cepas ambientais e clínicas resistentes à terapia antifúngica convencional usada na clínica já foram documentadas, no entanto, dados de susceptibilidade às moléculas triazólicas usadas na agricultura e na farmacoterapia permanecem escassos em espécies não-fumigatus de Aspergillus como o A. flavus, o segundo maior causador de aspergilose e maior produtor de aflatoxina B1, substância carcinogênica e que apresenta riscos à saúde humana. OBJETIVO: contribuir para a base de informações sobre a suscetibilidade aos agentes triazólicos empregada no tratamento de aspergilose e triazólicos usados na agricultura e investigar as alterações morfológicas que o agroquímico tebuconazol é capaz de induzir no cultivo in vitro de Aspergillus flavus. MATERIAIS E MÉTODOS: a susceptibilidade aos antifúngicos será realizada pelo método de microdiluição em caldo (método EUCAST) para a determinação da concentração inibitória mínima (CIM) de voriconazol, itraconazol,posaconazol, isavuconazol, tebuconazol e anfotericina B sobre isolados clínicos (n=9) e ambientais (n=13) de Aspergillus flavus. Os valores de CIM dos antifúngicos testados foram correlacionados calculando os coeficientes de correlação de Pearson. Também foi aplicado o teste t de Student para avaliar se houve diferenças significativas entre os valores de CIM para os isolados clínicos e ambientais em nível de confiança de 95%. A indução da tolerância ao tebuconazol (TBZ) para a cepa ambiental escolhida foi feita por meio de passagens sucessivas de A. flavus em meios de cultura contendo TBZ nas concentrações 0,25, 0,50, 1,0 e 2,0 µg/mL. As alterações morfológicas monitoradas foram número e diâmetro das colônias, pigmentação e relevo. RESULTADOS: Todos os isolados analisados foram considerados sensíveis à anfotericina B e aos agentes triazólicos testados, com exceção de uma cepa ambiental (APC 49), que foi resistente ao isavuconazol segundo os pontos de corte estabelecidos pelo EUCAST. Foi possível observar que não houve diferenças entre os perfis de susceptibilidade dos isolados clínicos e ambientais de A. flavus (p > 0.05). Estudos de correlação mostraram somente uma correlação positiva e significativa entre os valores de CIM de itraconazol e isavuconazol (r=0,45 e p=0,018). O cultivo da cepa APC 49 em meio de cultura adicionado de TBZ mostrou alterações morfológicas significativas, com perda gradual da pigmentação esverdeada e diminuição do número de colônias e de seu diâmetro conforme a concentração de TBZ aumentava. Alterações no relevo da colônia foram observadas somente no cultivo em meio de cultura PDA contendo 0,25 µg/mL de TBZ. Tais alterações, contudo, se mostraram reversíveis, com a volta da melanização e crescimento normal quando a cepa é cultivada em ausência do TBZ. CONCLUSÃO: Apenas uma cepaambiental de A. flavus foi resistente ao isavuconazol. Todas as demais cepas foram sensíveis às seis moléculas antifúngicas analisadas. Apesar do caráter sensível da maioria das cepas analisadas, é necessário a continuidade de testes de susceptibilidade antifúngica, sobretudo em Aspergillus flavus, espécie cujos dados ainda permanecem escassos
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    • ABNT

      HIRAI, Jéssica Caroline de Sales. Susceptibilidade de aspergillus flavus aos antifúgicos triazólicos. 2020. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2020. Disponível em: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/dd0f6c44-ac29-45ca-a68a-dae395047bdd/3059157.pdf. Acesso em: 21 maio 2024.
    • APA

      Hirai, J. C. de S. (2020). Susceptibilidade de aspergillus flavus aos antifúgicos triazólicos (Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação). Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/dd0f6c44-ac29-45ca-a68a-dae395047bdd/3059157.pdf
    • NLM

      Hirai JC de S. Susceptibilidade de aspergillus flavus aos antifúgicos triazólicos [Internet]. 2020 ;[citado 2024 maio 21 ] Available from: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/dd0f6c44-ac29-45ca-a68a-dae395047bdd/3059157.pdf
    • Vancouver

      Hirai JC de S. Susceptibilidade de aspergillus flavus aos antifúgicos triazólicos [Internet]. 2020 ;[citado 2024 maio 21 ] Available from: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/dd0f6c44-ac29-45ca-a68a-dae395047bdd/3059157.pdf

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